Janilson Sales de Carvalho
Um
dia desses, um amigo olhou para Avenida Paraíba e perguntou: “A festa é
comemorando o quê?”. Respondi que aquele era o movimento normal daquela avenida
nos finais de semana. Repleta de bares, pizzarias e lanchonetes, a vida festiva
noturna do bairro passa por ali. Ao longo do tempo os nomes dos bares mudaram,
seus donos também, mas a alegria nunca arredou pé do território. Talvez as
presenças do Clube Intermunicipal e da antiga Ciclone tenham algo a ver com isso.
A
vida festiva da Avenida Paraíba segue o ciclo da noite. Grupos de todas as
idades buscam o lugar mais aconchegante. Jovens lotam as lanchonetes e
pizzarias com a sua alegria. Famílias inteiras se reúnem com frequência para
firmar seus laços afetivos. Trabalhadores juntam-se em pequenos grupos para
conversar sobre a vida e o trabalho. Casais namoram. Senhores formam pequenas
confrarias que se encontram semanalmente para rir da vida e resgatar memórias.
Lamentavelmente, a música ao vivo não faz mais
parte desses espaços. Hoje, a arte musical é mostrada nas imensas telas
espalhadas nos ambientes. O que percebo é que esse espetáculo é o que
menos importa. As pessoas estão interessadas nas pessoas, em ouvi-las, rir
com elas.
Na Cidade da Esperança a
vida segue com festa. Afinal, os amigos
estão ali no bairro, próximos, amáveis, sorrindo sob a luz mágica da noite
apaixonante da Avenida Paraíba.
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