27 de ago. de 2011

O sumiço dos grafites

Professor Janilson

Cada coisa tem seu tempo e valor sensível. É este valor que estabelece o tempo de cada coisa. Você guarda ou usa determinado objeto, segundo suas regras pessoais. Quando não mais lhe interessa ...descarta. Isto vale, também, no campo da ARTE.
                Esta discussão sobre o “valor sensível”   apareceu ao deparar-me  com  o imenso muro branco que fica em frente a igreja católica da Cidade da Esperança. Ali, há vários anos, existiam desenhos de grafite, entre eles, obras de Ivan Cláudio, artista falecido. Alguém decidiu retirá-las e pronto. Aqueles grafites quebravam por alguns instantes  a monotonia  na vida de muitas pessoas .Um muro branco é algo melancólico, coisa de cemitérios.
O muro me lembrou a rampa de skate que tinha obras de grafite e  foi derrubada para construção da UPA. Assim, aos poucos, tudo vai sumindo sob a tinta da ignorância ou virando pó. Resta-nos apenas o dever de olhar e, se possível, registrar em fotos para contar a história aos que não tiveram a chance de vivê-la ou vê-la. Ou, quem sabe, abrir o debate sobre esta arte e buscar o apoio dos empresários do bairro para apoiarem os  artistas locais numa nova produção artística baseada em projetos eleitos pelos moradores. 





Nenhum comentário:

Postar um comentário